Missão

Ministério da Mulher Igreja Adventista Central de Cachoeirinha Nossa Missão: Inspirarando as mulheres a alcançarem seu pleno potencial em Cristo, capacitando-as a aprofundarem sua vida espiritual, a colocarem a sua fé em ação ao empregarem seus dons a Seu serviço, tomando assim, parte significativa na pregração do evangelho e no apressamento da Volta de Cristo.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dia 25 de Agosto - Quebrando o Silêncio

Sermonário para o dia 25/08/2012

Amor é Respeito

Dra. Cleri Becher de Mattos Leão
Psicóloga


Um dia ouvi uma história de um célebre pintor que, depois de
haver pintado grandes e verdadeiras obras de arte, convencera-se de
que ainda não havia pintado sua obra-prima. Queria pintar a coisa
mais bela do mundo e necessitava de inspiração.
Na caminhada em sua busca pela coisa mais bela do mundo,
encontrou um sacerdote e lhe fez a seguinte pergunta:
−− O senhor sabe qual é a coisa mais bela do mundo?
Ao que lhe respondeu o sacerdote:
−− É simples, meu rapaz. A coisa mais bela do mundo é a fé.
Creia que encontrará a coisa mais bela do mundo ao encontrá-
la.

O jovem pintor continuou sua caminhada pensando nas palavras
do sacerdote. Fé, a coisa mais bela do mundo.
Não tinha andado muito quando cruzou seu caminho um soldado
em missão. Conseguiu interrompê-lo e fazer a mesma pergunta.
A resposta do soldado foi:
−− A coisa mais bela do mundo é a paz. A guerra, a mais feia.
O jovem pintor ainda estava confuso. Fé e paz. Como poderei
pintá-las?
Enquanto meditava no seu caminho de volta, encontrou um
casal de namorados romanticamente apaixonados, interrompeu-os
e perguntou:
−− Vocês saberiam me dizer qual é a coisa mais bela do mundo?
−− É simples, responderam eles, a coisa mais bela do mundo é
o amor.
O jovem pintor retornou ao lar se perguntando como poderia
pintar numa tela a coisa mais bela do mundo: Fé, Amor e Paz.
Ao chegar a casa, seus filhos correram para encontrá-lo, e, nos
olhos dos filhos, ele viu a fé de que lhe falara o sacerdote. No abraço
da esposa, ele sentiu o calor do amor que aquecia os dois jovens
namorados, e, no seu lar, havia paz.
Ele então desenhou sua obra-prima e escreveu: “Lar, a coisa
mais bela do mundo”.
Desde a criação do homem no Éden, nos planos de Deus e nos
relatos históricos da sociedade, existe um farol que ilumina toda a
trajetória da humanidade: A FAMÍLIA.

• Gn 1: 1 e 2-“No princípio criou Deus os céus e a terra. A
terra era sem forma e vazia [...]”
• Gn 1:26 “[...] Façamos o homem à nossa imagem, conforme
a nossa semelhança [...]”
• Gn 2: 18 “[...] Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei
uma ajudadora idônea para ele.”
• Gn 1:31 “[...] e viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que
era MUITO BOM [...]”
A família de origem é o laboratório de todas as experiências de
nossa vida, o berço que embalou nossos sonhos e despertou os pesadelos,
acalentou também nossos ideais ou destruiu nossa espontaneidade,
colocou linhas e barras para que engatinhássemos seguros ou
inseguros.
Somos constituídos e constituintes de nossas histórias. Marcas
herdadas e adquiridas fazem parte de nossas galerias de arte ou
subterrâneos escuros, esconderijos assustadores, onde se escondem
nossas emoções.
O que somos, temos e/ou desejamos, como nos postamos diante
da vida, está intimamente ligado com as marcas traçadas no trajeto
do desenvolvimento.
Nosso lar pode ser o laboratório para qualquer tipo de experimento.
Nossos filhos e nós mesmos somos o produto final ou em
fabricação.
A maneira como somos vistos, ouvidos e tocados determina a
forma como veremos o mundo, o seu colorido diversificado.


NOSSOS SENTIDOS SÃO CAPTADORES DE ALIMENTOS
PARA A ALMA.

O QUE VEJO ENQUANTO CRESÇO?
A marca do olhar sobre nós significa a importância que temos
enquanto estamos diante de qualquer pessoa. O valor que possuímos
está estampado no brilho dos olhos de quem nos vê e do tempo
que ilumina nossa alma.
O fio condutor por onde a confiança e o respeito vão trafegar tem
seu ponto de partida na forma e no tempo do olhar de cada ser que
desfila na passarela da vida de todo ser humano. Portanto, somos
constituídos através dos olhos e olhares daqueles que nos cercam ou
cercaram nosso caminhar.
O olhar, de forma silenciosa e sutil, ama e odeia, aprova e desaprova,
pune ou ignora, incentiva ou desanima, seduz ou despreza,
acalma ou angustia, levanta ou destrói, compartilha ou aniquila e
deixa tantas outras marcas.
Os olhos de quem vê, interpreta e registra significam, na memória,
a importância do olhar de quem olha.
O tempo de permanência do olhar pode também revelar seu flagelo
ou seu benefício, seu encanto ou desencanto, a cura ou a patologia.
No olhar, está a intenção da direção, do desejar, do querer, da
importância e do valor. A alegria ou a tristeza do coração é vista de
forma clara e transparente no brilho refletido do olhar.
A exposição da dor, o sofrimento da alma, seu grito e seu apelo
podem bem ser interpretados, e sua súplica pode ser atendida,
quando nas esquinas da vida, dois olhos se encontram.
Assim como o olhar, o ouvir e as marcas a ele atribuídas são de
valor inestimável e imensurável.
As marcas sonoras das batidas do coração da mãe são as primeiras
palavras escritas na história do ser de cada um de nós. Antes de
nascermos, todos nós somos ninados ou despertados num compasso
que norteará nosso caminhar pela vida.
Este compasso rítmico é interrompido toda vez que a mãe vê,
ouve ou sente algo que a desagrada. Consequentemente, o som será
acompanhado de contrações na parede uterina, e a velocidade nos
batimentos cardíacos despertará no bebê inquietudes que só mais
tarde serão reveladas.

Mas esse é só o pontapé inicial. Uma mãe pode perturbar a relação
ou o conforto do bebê através do que ouve quando ele é aconchegado
ao peito para ser amamentado. O mesmo som que inquieta
o bebê pode acalmá-lo. Esse som vem do coração da mãe.
Quando a mamãe amamenta seu bebê e ele rejeita o leite, não
é porque o leite é ruim. É porque a batucada que serve de acompanhamento
ou pano de fundo é tão severamente irritante, que estraga
ou compromete seu apetite. A fome do bebê não é saciada, nem a
fome física, nem a fome emocional, tampouco a afetiva. O olhar
da mãe, sua calma e ternura na hora da amamentação, momento de
singular magia na relação, é o maior de todos os nutrientes. O olhar
se distancia do objeto do seu amor (o bebê), o batimento cardíaco
evidencia o fato e, sem saber, ela poderá danificar para sempre a
marca de segurança que o vis-à-vis (olho no olho) contém.
É o olhar nos olhos da mãe enquanto mama que estabelece o
roteiro de confiança que muitas pessoas têm. Outras tantas que não
suportam olhar nos olhos de quem quer que seja são resultantes
deste abandono no olhar da mãe ao filho enquanto o amamentava
quando bebê.


O QUE OUÇO ENQUANTO CRESÇO?


Somos constituídos pelo olhar, ouvir e tocar de muitas pessoas
que desfilam em nossas vidas.
As muitas marcas são dos mais próximos. A primeira grande
universidade está dentro das cercanias do lar e com os mestres que
Deus nos deu para serem pais, avós, tios, amigos íntimos e parentes
próximos.
Se estes não estiverem aprendendo aos pés do Pai dos pais, o que
estarão ensinando?
“E as ensinarás a teus filhos e delas falarás sentado em tua casa e
andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te; também as
atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os olhos; e
as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6:7-9).
Na primeira infância, as influências mais danosas são consequência
ou resultado da relação entre mãe e filho e do respeito que o pai
tem por ambos.
Quanta responsabilidade têm aqueles que de uma forma ou
outra contribuem para que esta mãe seja singular, de imenso valor e responsabilidade e cumpra seu papel adequadamente ao longo de
sua trajetória.
Pois tudo o que a mãe ouve, vê ou sente passa adiante.
“Não consintas que tua boca te faça culpado” (Ec 5:6).
Se um pai quer que seu filho o ame e o respeite, ame e respeite
a mulher que escolheu para ser a mãe dele (do filho) e assim sentirá
orgulho do filho que tem.

Os filhos repetem o que ouvem e são o que resultou do respeito
que confirmaram.
Quando ouvimos um “eu sou um burro”, “sou um idiota”, “um
retardado”, atrás disso está o som de repetidas vezes: “Você é um
burro”, “você é um idiota”, “você é um retardado”. Ouvimos tantas
vezes, que somos obrigados a acreditar.
Todavia, atrás de todo ato de bondade, segurança, carinho, assertividade,
coerência e amor se destaca a tranquilidade do lar e da
família de origem.
Quando vemos o produto, constatamos em que meio foi gerado.
As marcas de caráter são matizes que orvalham a jornada do
cotidiano.
Atrás de “eu sou calmo, bondoso, inteligente, trabalhador,
verdadeiro” também se esconde um “você é bonzinho! Você
é muito inteligente! Você é um gênio! Parabéns, parabéns, PARABÉNS!
VOCÊ É DEZ! Você é o máximo! Você é meu orgulho!” E é
claro que também estão escondidos pais bondosos, amáveis, sábios,
que se amam e se respeitam.
O autorretrato é a reprodução exata do que viram em mim e me
fizeram saber, sem que me tivessem ensinado a forma certa de ser, e
EU acreditei!!!!

Muitos retratos perversos e equivocados são colocados nas galerias
de exposição gratuitamente e de forma irreversível.
Tantos milhares de vezes o eco do “você é...” se repetiu que foi
fácil se transformar em “eu sou”.
Tente ouvir quem dizia “você é” e veja quem ainda diz “eu sou”.
Onde está o poder? Você pode mudar o adjetivo agora!
Façamos um teste e cada qual responda quem está
atrás de cada som e se vale a pena ele continuar na regência
de sua vida ditando regras na escuta:
Disseram que eu sou...

... preguiçoso (a) ... gordo (a)
... doente ... seca (o), magrela (o)
... uma droga ... grandão / grandona
... ansioso (a) ... mentiroso (a)
... banana ... chorão / chorona
... duro (a) ... imaturo (a)
... um cavalo ... uma geladeira
... e agora? “Quem sou?”

É bem provável que você se veja nesta lista várias vezes ou tenha
a sua lista pessoal e talvez as pessoas que se esconderam atrás dessas
frases nem vivam mais. Todavia, você ainda acredita que essas frases
são atuais e verdadeiras.

Em todas essas frases se escondem marcas incisivas de falta de
respeito pelo que cada um é, pelas suas capacidades, habilidades e
velocidades.

TOCAR, TOCAR, TOCAR... QUANDO CANSAR, COMECE
MAIS DEVAGAR!!

Se o olhar e o ouvir despertaram em nós tantas reflexões em partes
tão pequenas do nosso corpo, o que dizer do tocar?
A área mais extensa do corpo, mais rica e mais abandonada,
cheia de terminais nervosos, câmeras secretas instaladas em todos os
becos e grandes avenidas do corpo, fotografa e manda informações
por neurorreceptores extremamente exigentes.
A cada toque, as respostas mais variadas possíveis são eliciadas.
É como se o nosso corpo fosse impregnado de olhos, ouvidos,
narizes e linguinhas, para produzir, de forma clara e inequívoca,
todas as informações decorrentes desse grande território. A forma
do toque revela a importância, o valor, o cuidado, o carinho, o respeito
e o amor que aquele corpo tem.


Quem ama cuida, quem cuida tem, e quem tem respeita
A família ocupa um papel de responsabilidade importante na
construção da pessoa. Fragmentos de pai, mãe, avós, tios e amigos
estarão impregnados em cada fase do desenvolvimento.
Enquanto a mãe toca seu filho no banho, no trocar de fralda, no
embalar ao colo, na hora do remédio, em todos esses momentos, o
pequeno bebê está registrando automaticamente, em sua memória,
marcas de amor ou de rejeição, de cuidado amoroso ou de descaso,
de respeito ou desrespeito. Ao ser amado, vai sentir-se amado e vai
amar. Ao ser rejeitado, vai sentir-se inútil e vai rejeitar.
Marcas e valores serão impressos com diferentes digitais ao longo
desse processo.
Os valores adquiridos nessa fase determinarão como o indivíduo
passará por cada portal de desenvolvimento na vida. Ser líder ou
liderado, amado ou rejeitado, escolher ou ser escolhido, aceitar ou
rejeitar ajuda, admitir ou negar são apenas algumas das possibilidades
que serão usadas como escudo para proteção do EU.
Esses retratos fiéis revelam como se estabeleceram os vínculos
afetivos. O ser humano depende do amor, da forma, do conteúdo e
do tempo de execução.
Pergunto: Que forma tem seu amor? Quadrado, redondo, triangular,
ou em forma de coração?
Qual é o conteúdo? Doce, salgado, apimentado ou suave?
Quanto tempo você necessita para demonstrar o seu amor?
A criança amada é feliz, ama e faz os outros felizes.
A criança rejeitada é infeliz, rejeita, agride e torna o seu mundo
infeliz, sem respeito por si e pelos outros.
A criança elogiada, aplaudida, aprovada, faz com prazer o que
aprendeu e auxilia outros com seus aplausos.
A criança criticada, ridicularizada, envergonhada, desrespeitada,
se torna tímida, envergonhada, insegura, medrosa, culpada, infeliz,
zangada, irada, complexada e fará o mesmo quando crescer.
A criança que é acolhida, acariciada, incentivada, aprende a
ser paciente, carinhosa, confiante e distribui seus frutos a quem os
queira.
A criança que é tratada com respeito, justiça, flexibilidade, tolerância,
paciência, desenvolverá em si um senso de justiça, amor, respeito
e tolerância.
A criança que é respeitada em seus limites e velocidades e incentivada
a ultrapassá-los, será vencedora e tornará vencida sua fraqueza.
A criança não respeitada em suas limitações e não incentivada
estará fadada ao fracasso. Os “Juízes”, os pais assim o decretam.
A criança que tem pais seguros, amáveis, tolerantes e fortes, constrói
um mundo melhor para os adultos viverem.
A criança que é tratada com veracidade espontânea e vê isso em
seus modelos é verdadeira.
A criança cujos pais dizem verdades, mas fazem o contrário, será
falsa, dissimulada e mentirosa até que aprenda, com alguém, outras
lições de caráter.
A construção do ser humano necessita de elementos básicos
como qualquer outra construção: cimento, ferro, pedra, amor, atenção,
medida certa, quantidade de disciplina, organização, limites,
determinação, constância.
Se a obra a ser construída não tiver coerência na execução, quão
perigosa se torna para si e para os outros. Se uma parede revela os
descuidos da massa, a quantidade inexata de seus ingredientes, o
descuido das mãos que a preparam, a falta de amor pelo projeto, o
que diríamos das rachaduras afetivas e comportamentais oriundas
de tal abandono?
Apenas um olhar para a pessoa é suficiente para entender que a
obra precisa ser retomada. Talvez a troca do construtor seja oportuna.
Eles podem dar a vez para o EU concluir a obra.
A forma mais complexa no universo é a comunicação através
do toque, pois os sensores medem milimetricamente cada ato e a
memória identifica, através dos seus recursos internos, as emoções
desencadeadas por tal ato.

O que revela o seu abraço?
Que força tem o seu “bom dia”?
Que encanto tem o seu gesto?
Que tipo de toque prepara uma linda noite de amor?
Que tipo de toque finaliza o seu dia?

Um toque de amor pode ser visto numa camisa bem passada,
numa mesa arrumada, num pão fresquinho, num copo de suco, num
piscar de olhos, num aceno, num ceder o lugar, num canto angelical, numa mão calejada, num jardim florido, numa fruta tirada do pé,
num “muito obrigado”, “com licença”, “durma bem” ou “vá com
Deus”.
Não haveria papel suficiente para comportar todas essas marcas.
Você deve ter uma coleção delas que lhe são especiais. Eu também
tenho. Mas sejam quais forem, o importante é descobrir rapidamente
que marca de amor e respeito elas contêm.
Cuidados especiais devem ser tomados, pois o que vemos, ouvimos
e tocamos determina a direção do nosso olhar, a amplificação
do som e o desenvolvimento do interesse. Tocaremos também de
forma costumeira, desajeitada, causando marcas roxas e doloridas.
O pior disso tudo é o que faremos com tudo o que aprendemos
vendo, ouvindo ou sendo tocados.
“Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que
for para promover a edificação, para que de graça aos que ouvem”
(Ef 4:29).
Quando somos tocados de forma inadequada, nossas emoções
ficam à flor da pele e, neste instante, num lapso de segundos, temos o
poder de escolher fazer a diferença. As mesmas mãos que acariciam,
cuidam e edificam, podem agredir, destruir, ferir e matar. A escolha
sempre será do EU.
Dois segundos em nossas mãos, e um novo produto pode ser
gerado se o EU preferir promover paz ao invés de guerra. Talvez
nesses segundos a escolha seja correr para Deus e ouvir “[...] aprendei
de mim porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis
descanso para as vossas almas” (Mt 11:29).
O tempo de escolha é pequeno demais para gerar um tempo
grande demais de sofrimento. Por quanto tempo vale a sua escolha?
Já pensou no custo?
Uma escolha de prazer que não excede três segundos pode durar
para o resto de sua vida: um filho não planejado.
Um momento de vitória na guerra de força pode gerar anos de
prisão.

Uma “cheiradinha” de segundos pode despertar uma dependência
que o fará prisioneiro do vício. Por quanto tempo?
Uma palavra maldita pode matar pessoas e sentimentos.
“A palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a
ira” (Pv 15:1).
Que poder tem o menor órgão do corpo? A língua em conformidade
com um pensamento acelerado e um EU impulsivo.
Palavras são como pedras, edificam e destroem. A morte e a vida
estão no poder da língua; o que bem a utiliza, come do seu fruto”
(Pv 18:21).
Não podemos jamais inutilizar nossos atos com a desculpa de que
“Eu disse”, “Eu fiz porque o outro fez primeiro”. A escolha pessoal
é intransferível. Somente o EU é o responsável pela ação.
Pouco importa o verbo ou o seu tempo: presente, passado ou
futuro. A escolha FOI, É e sempre SERÁ da primeira pessoa do
singular: EU. E o seu poder só se encontra no presente.
Analise antes de usar: Sua escolha tem um preço. Você pode
pagar?
Sua escolha tem um prazo? As de ontem jamais estarão ao seu
dispor.
Sua escolha só serve para você.
“Eis que te proponho a vida e o bem, a morte e o mal... escolhe,
pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19).
Somos frutos das escolhas que fizemos no passado. Se a lição não
foi aprendida, repetiremos as mesmas faltas que já geraram punição
e no futuro pagaremos as multas, pois elas chegarão.
O descaso com a saúde é cumulativo.
Como vai a sua conta? Que saldo você tem deixado para usufruir
no outono da vida?
“[...] tudo o que quereis que os outros vos façam fazei-o vós também”
(Mt 7:12).
A sua fala contém exatamente o que o seu desejo determina. Se
o seu tom é doce e meigo, a volta não poderá ser diferente. E se o
for, significa que o outro não aprendeu na mesma escola. Cabe a
você ensinar-lhe de novo. Quando um aluno não aprende de pronto
a lição, ele está dizendo: “Por favor, me ensine de novo, professor”.
Reflita nas frases de Madre Tereza de Calcutá:
“Dê sempre o melhor... e o melhor virá.
Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-
-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo. Seja
honesto e franco mesmo assim.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de
uma hora para outra. Construa assim mesmo.
Se você é feliz e tem paz, as pessoas podem sentir inveja. Seja feliz
assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o
bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que no final das contas É ENTRE VOCÊ E DEUS E
NUNCA ENTRE VOCÊ E ELES.”

Deus escolheu amar. “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira, que deu o seu filho Unigênito, para todo
aquele que nEle crê, não pereça mas tenha a vida eterna”
(Jo 3:16).
Jesus escolheu amar. “[...] a minha paz vos dou, não a
dou como o mundo a dá [...]” (Jo 14:27).
Que escolha você faz hoje?
Deus escolheu respeitar sua escolha. Difícil escolha é
entender esse amor.
Que tipo de amor e a quem endereçará agora?
A forma do meu amor e o meu respeito estão nas palavras
que acabo de escrever. Receba-as como um buquê
das flores que você mais gosta.



Dra. Cleri Becher de Mattos Leão
Psicóloga

Fonte: http://quebrandoosilencio.org/

terça-feira, 24 de julho de 2012

Templo de Esperança


24/07/12

ACSR inaugura Templo de Esperança em Cachoeirinha

BAIRRO IMBUÍ AINDA NÃO POSSUÍA CONGREGAÇÃO ADVENTISTA

[ACSR] Desde o dia 21 de julho, a cidade de Cachoeirinha conta com mais um local de adoração sob a supervisão da Igreja Adventista. Neste dia, o templo do bairro Imbuí foi inaugurado, sendo mais uma concretização do projeto Templos de Esperança.
Imbuí conta com mais de 20.000 moradores de classe média e ainda não possuía uma congregação adventista. Segundo informações do pastor Hugo Portugal, responsável pela região, um trabalho de pesquisa bíblica e uma distribuição de livros missionários e DVDs foram realizados e muitas pessoas já tomaram a decisão em favor do evangelho. Inclusive, durante a cerimônia, um casal que reside próximo à igreja deu o testemunho de que se preparam o batismo.
A construção seguiu o modelo arquitetônico padrão do departamento de engenharia da Associação Central Sul-rio-grandense (ACSR) e é fruto de colaboração financeira da própria sede admnistrativa e de uma campanha de arrecadação de fundos realizada entre membros e amigos da Igreja Adventista em Cachoeirinha.
A primeira mensagem bíblica apresentada no novo prédio foi dirigida pelo pastor Moisés Mattos, presidente da ACSR e contou com a presença de outros pastores e funcionários, como Samuel Camilo, um dos líderes de Evangelismo, Harry Streithorst, líder de Mordomia Cristã e Marcio Silva, diretor financeiro.
Regis Deolindo, um dos que sonharam com a nova congregação, ressaltou a felicidade com a concretização do projeto. "É uma alegria acompanhada de gratidão a Deus por mais este avanço da pregação do evangelho na cidade", enfatiza.
Desde 2010, o projeto Templos de Esperança abriu mais de 40 congregações na ACSR. Outras inaugurações estão programadas para o segundo semestre deste ano.
[Com informações: Moisés Mattos]

por Willian Vieira
Associação Central Sul-Riograndense




terça-feira, 22 de maio de 2012

Curso de Liderança 2012

22/05/12

Ministério da Mulher da ACSR promove curso de liderança

LÍDERES PARTICIPARAM DE AULAS ESPECÍFICAS DURANTE TODO O DOMINGO

[ACSR] Porto Alegre, RS - No ultimo domingo, 20 de maio, mulheres adventistas da região central do Rio Grande do Sul estiveram reunidas durante o dia todo em um curso de Liderança. A primeira etapa, que ocorreu no auditório do Colégio Adventista Marechal Rondon (Camar), contou com aulas de diversas áreas. O projeto vem da sede mundial da Igreja Adventista e visa desenvolver habilidades necessárias para serem líderes mais preparadas.
 "Sendo melhores líderes, elas poderão executar um melhor trabalho nas igrejas, abençoando, por extensão, a todas as mulheres também nas suas comunidades", explica Denise Lopes, líder do Ministério da Mulher para a União Sul Brasileira (USB).
A grade de aulas do curso está dividida em oito áreas gerais, como por exemplo, crescimento pessoal, projetos missionários e estudos bíblicos. No domingo, as gaúchas receberam diversas orientações específicas, entre elas, como manter o equilíbrio entre obrigações do trabalho e do lar, instruções para o preparo de sermões e ainda estudaram a vida de mulheres exemplares da Bíblia.
A líder do Ministério da Mulher, Dione Lanza, que tem coordenado a iniciativa na Associação Central sul-rio-grandense (ACSR), acredita que o curso vá complementar a disposição que muitas mulheres já possuem de servir a Deus. "Várias delas se tornam líderes por amarem trabalhar para Deus, mas não tem formação nesta área. O que elas aprenderam aqui, vai influenciar todas as funções que elas já exercem, e inclusive, fora do contexto da igreja", destaca Dione.
O curso de liderança deve durar, pelo menos, quatro anos. Outros assuntos, como a sensibilidade cultural e os direitos da mulher deve ser abordados ainda neste ano. 
A participante Vera Baumgarten se diz feliz por aprender lições em um curso relevante e gratuito. "Vi que se eu não colocar Jesus como prioridade da vida, não vou conseguir fazer as inúmeras coisas que uma mulher precisa cumprir. Se nos próximos encontros eu aprender coisas como essa, será excelente", afirma.

Fonte: http://www.usb.org.br/acsr/mulher/noticia/ministrio-da-mulher-promove-curso-de-liderana-6435

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Retiro Mulheres e Esposas de Pastores


27/04/12

Retiro reúne líderes Ministério da Mulher e esposas de pastores

PARTICIPANTES PUDERAM BUSCAR A DEUS E REFLETIR SOBRE A VIDA PESSOAL E FAMILIAR EM MEIO A NATUREZA

No último final de semana, 20 a 22 de abril, ocorreu um retiro espiritual com o tema "Em Tua Presença". O encontro foi direcionado a todas as coordenadoras Distritais do Ministério da Mulher (MM) e esposas de pastores que trabalham nos três campos do estado - Missão, Associação Sul-rio-grandense e Associação Central Sul-rio-grandense.
Coordenado pela professora Denise Lopes, departamental do Ministério da Mulher da União Sul Brasileira (USB), o evento teve palestras com o pastor Marlinton Lopes, a educadora Solange Santos e a psicóloga Wélida Juarez.
As explanações giraram em torno do  papel da Coordenadora Distrital do MM, o valor da autoestima, e a importância de se deixar ser usada pelo Senhor, bem como a relevância das mulheres para Deus e em Sua obra.
O ponto mais alto do retiro ocorreu logo no sábado, pela manhã. Abençoadas com um dia de sol forte, céu azul e temperatura agradável, as participantes tiveram a oportunidade de meditar e conversar à sós com Deus em meio à natureza, no parque estadual de Canela. Durante quase duas horas, puderam conversar com Deus, meditar e refletir sobre a atuação dEle na vida pessoal e famíliar.
Momentos especiais de testemunho e oração foram vivenciados no sábado à tarde em pequenos grupos, onde tiveram a chance de compartilhar experiências significativas de vida e de fé. Ao final do período, se reuniram em pequenos círculos e cada uma teve a oportunidade de orar por uma amiga.
Sábado à noite, as mulheres participaram de um chá temático sobre o Japão, onde puderam conhecer algumas curiosidades sobre o modo de vida do país e ainda cantar alguns hinos em japonês.
Como forma de relembrar a obra de mulheres na história, algumas esposas de pastores fizeram representações públicas de pessoas como Ellen White (escritora) e Sarepta Henry (fundadora do Ministério da Mulher), inclusive com vestidos semelhantes.
[Com informações: Dione Lanza / Fotos: Andy Siqueira e participantes]

segunda-feira, 16 de abril de 2012

1º Congresso do Ministério da Recepção

16/04/12

Congresso de Recepção ressalta atitude e amor cristão

PALESTRANTES ENFATIZARAM BOM TRATAMENTO COMO ESTRATÉGIA DE MISSÃO E SALVAÇÃO

No último sábado, foi realizado o primeiro congresso do Ministério da Recepção da Associação Central sul-rio-grandense, no Colégio Adventista Marechal Rondon (Camar), em Porto Alegre. Com palestras focadas na importância de como tratar bem os visitantes, o congresso foi direcionado a equipes de recepção, líderes de Ministério Pessoal (Mipes), professores de Escola Sabatina e coordenadores de interessados, todos das igrejas locais da região central do Rio Grande do Sul.
O projeto que visa trabalhar com o bom atendimento aos visitantes vem da sede administrativa da igreja para os oito países da América do Sul. Na intenção de contribuir com a ideia, a líder do Ministério da Recepção e do Ministério da Mulher na ACSR, Dione Lanza, organizou um programa para discutir a prática de atender aos visitantes.. "Eu percebi que muitas igrejas não estavam fazendo o trabalho, e não sabiam como fazê-lo. Por isso, surgiu a ideia do evento. Recepção é um projeto missionário", explica.
O palestrante Walter Brum Monteiro, um dos responsáveis pelas equipes de atendimento do banco HSBC, pôde aplicar conceitos empresariais à realidade adventista quando enfatizou que o bom atendimento é o que define o retorno das pessoas, e como a responsabilidade aumenta quando se trata de salvação. Em sua explanação, o pastor Laerte Lanza, diretor de comunicação da ACSR, lembrou que os membros das igrejas acabam por ser "representantes da rede Novo Tempo", e desse modo, precisam receber as pessoas com a mesma alegria sentida através dos programas.
As igrejas que possuem um ministério de recepção consolidado ganharam novos materiais e selos de excelência, disponíveis em quatro cores: branco, azul, prata e ouro. Cada selo denota um nível a ser alcançado com o cumprimento de novos requisitos, como por exemplo, visitar pessoas que ainda não fazem parte ativa da igreja.
Para o presidente da ACSR, Moisés Mattos, que também foi um dos palestrantes, a iniciativa é importante na medida em que se cria uma cultura de recepção, não apenas na porta da igreja, mas no seu interior. "Cada membro deve entender que ele faz parte de uma igreja simpática e amável", enfatiza.
[Fotos: Laerte Lanza]

sexta-feira, 23 de março de 2012

Primeira Dama de Cachoeirinha

23/03/12

Primeira dama de Cachoeirinha visita Escola Adventista e é presenteada com livro "A Grande Esperança"

PRIMEIRA DAMA ESTAVA ACOMPANHADA DE SERVIDORES DA PREFEITURA LOCAL

[ACSR] Porto Alegre - A primeira dama de Cachoeirinha, Sueli Pires, e servidores da prefeitura municipal visitaram em março a Escola Adventista da cidade.

Na ocasião, a direção da escola apresentou aos visitantes as dependências da instituição, bem como a proposta pedagógica e a filosofia da educação adventista.

Sueli também foi presenteada com um exemplar do livro missionário "A Grande Esperança".



Com informações de Kauana Krause

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sermão Dia Mundial da Oração e Jejum


Sermão
Pessoas Incomuns em um mundo comum

Leitura Bíblica: Romanos 13:11-14

Quando Paulo escreveu aos Romanos, começou o verso 11 deixando claro que eles eram conhecedores dos tempos em que estavam vivendo. Eles sabiam do que acontecia à sua volta. Eles sabiam dos fenômenos
naturais, culturais, políticos, financeiros e religiosos da época. Paulo chamou a atenção deles dizendo que era o momento de despertarem do sono que dormiam; que muitas coisas aconteciam em volta deles, mas por estarem completamente desconectados, sonolentos, e envolvidos com outras prioridades, não as percebiam.

Conheçam o tempo, diz Paulo. Despertem do sono. Abram os olhos. Olhem à sua volta e vejam o que está acontecendo. O dia está chegando!

E a pergunta que quero fazer a você nesta manhã é: Que tempo é este em que vivemos? Estamos nós com os olhos, ouvidos e mente abertos para a realidade que estamos vivendo? Estamos nós percebendo que
está acontecendo algo em nosso mundo que não é normal e o dia tão esperado do retorno de Jesus está chegando?

Reflita junto comigo: Que tempo é este? (Neste espaço o(a) pregador(a) poderá colocar fatos atualizados e regionalizados que sejam relevantes e mostrem a proximidade da volta de Jesus.)

1. Este é o tempo em que um vulcão na Islândia afeta todos os vôos na Europa. Onde um vulcão no Chile afeta os vôos no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. Onde as cinzas já deram a volta em todo o mundo.

2. Este é o tempo em que um tsunami que aconteceu no Japão, lá do outro lado do mundo, há algum tempo, afetou a costa de países como Equador, Colômbia e Chile.

3. Este é um tempo em que a sensualidade e a sexualidade estão sendo tratadas de forma cada vez mais banal e profana. Este é o tempo em que os que seguem sua própria consciência querem calar aqueles que
desejam manter a tocha da fidelidade à Palavra de Deus acesa. E, diga se de passagem, como cristãos, nós temos que respeitá-los.

4. Este é o tempo em que temos visto por toda parte líderes religiosos, que deveriam ser fiéis à imutável Palavra de Deus (Isaías 8:20), seguindo sua própria consciência e maneira de pensar desconsiderando o
“assim diz o Senhor”.

5. Este é o tempo em que se gasta mais dinheiro com animais de estimação do que com aqueles que não têm o que comer, onde morar ou o que vestir.

6. Este é o tempo em que a violência cresce em uma escala alucinante, que não há mais lugar em que nos sintamos seguros.

7. Este é o tempo em que não há segurança econômica. Por mais que vejamos progresso por todo lado, vemos também a fragilidade dos mercados financeiros e aquilo que parece estável e forte hoje,
amanhece falido. Aquilo que muitos consideravam improvável acontecer, quase foi uma realidade há seis meses, quando os Estados Unidos quase deram um calote na sua dívida de trilhões de dólares.

8. Este é o tempo em que a família, instituição criada por Deus, e a estrutura da sociedade estão se desintegrando completamente.

Poderia fazer aqui uma lista interminável, mas creio que você captou a idéia. Vivemos em um mundo onde tudo conspira contra aqueles que querem ser fiéis a Deus. Em um mundo que faz de tudo para que nossa
atenção seja sempre desviada do espiritual, onde nossos olhos e ouvidos sejam sempre chamados para algo que desvie nossa mente do plano de Deus. E aí te pergunto: Será possível ser fiel a Deus em um mundo assim? Quem sabe poderíamos argumentar e dizer: no tempo de meus avós ou mesmo no tempo de meus pais era mais fácil ser cristão e andar nos caminhos de Deus. Alguns chegam ao ponto de pensar que por Deus ser amoroso, misericordioso e longânimo, não levará em conta nossa maneira “moderna” de sermos cristãos.

Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: Será que existe um tempo melhor que outro para ser cristão? Será que existiu uma época na história humana que foi melhor para seguir a Bíblia e ser fiel a Deus?

Quero convidá-lo a olhar o que a Bíblia nos diz sobre isto. Lá bem no início, em Gênesis 4-6, a Bíblia nos revela que houve um tempo em que quase tudo o que mencionamos acima era uma realidade. Havia violência, corrupção, imoralidade e descaso total com as orientações de Deus. E isso
chegou a tal ponto, que a Bíblia diz que o “Senhor se arrependeu de ter criado o homem” (Gênesis 6:6).

“A sociedade no tempo presente é corrupta, assim como foi nos dias de Noé. Deus concedeu
ricos dons à longeva raça antediluviana, a apenas um passo do paraíso, e eles possuíam um
vigor físico e mental de que os homens têm agora somente uma pálida idéia; as generosidades
divinas e a força e a habilidade que Deus lhes deu foram porém usadas para fins egoístas, para
satisfazer a apetites ilícitos e para condescender com o orgulho. Eles baniram a Deus de seus
pensamentos; desprezaram Sua lei; calcaram aos pés Sua norma de caráter. Regalaram-se em
prazeres pecaminosos, corrompendo seus caminhos diante de Deus, e uns aos outros. A violência
e o crime enchiam a Terra. Não era respeitada a relação matrimonial nem os direitos de
propriedade; e os clamores dos oprimidos penetraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.
Contemplando o mal, os homens transformaram-se à sua imagem, até que Deus não pôde
mais tolerar a sua perversidade, e eles foram destruídos pelo Dilúvio” 
(Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 421).

Creio que o nosso mundo ainda não chegou ao ponto de decadência em que se encontrava o povo antediluviano, pois Deus deixa claro que não mais suportaria a maneira como eles estavam conduzindo sua vida, a maneira como haviam se esquecido dos princípios estabelecidos por Ele para segurança e bem estar físico, social, emocional e espiritual de toda a raça humana.

Em meio a esta realidade, em meio a um mundo onde tudo era comum, Deus encontra alguém incomum. Em meio a um mundo onde era errado e impopular fazer o certo, Deus encontrou alguém que não dobrou seus joelhos a Baal ainda que caíssem os céus. Deus encontrou alguém que se manteve fiel, mesmo que isto custasse o aplauso popular. Deus encontrou alguém que se levantou para defender a verdade e o certo
ainda que fosse chamado de louco e fanático.
“A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” 
(Ellen G. White, Educação, p. 57).

Veja o que a bíblia diz sobre ele:
Gênesis 6:8,9 e 7:1

“Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR. Estas são as gerações de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus. Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração.”

Voltemos à pergunta feita no início: Será que existe um tempo melhor que outro pra ser cristão? Será que existe uma época mais favorável a fidelidade e comprometimento total a Deus? Não, não há. O que existe,
sim, é um cristão mais comprometido que outro. É um cristão que decide tirar a primeira hora do dia para passar na presença de Deus na certeza de que se isso não acontecer, não conseguirá vencer os obstáculos
do dia. O que existe, sim, é uma família que decide, custe o que custar, realizar a cada dia o culto familiar clamando pela presença do Espírito Santo. O que existe, sim, são pais desejosos de levarem a seus filhos amor e orientações de Deus por palavras, mas, acima de tudo, pelo exemplo. O que existe, sim, são jovens que, por amor a Jesus, decidem manter-se puros de corpo e mente em um mundo de total impureza. O que existe, sim, é um cristão que foi transformado pela graça, que agora tem um coração transbordante de alegria e que deseja compartilhar esta alegria com os outros. O que existe, sim, é um cristão que entende que necessita de um reavivamento e reforma verdadeiros.
 “Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas idéias e teorias, hábitos e práticas.” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128).

Não há maior evidência de que estamos passando pelo reavivamento e reforma do que a obediência total às orientações de Deus. Podemos estar fazendo muitas coisas boas, trabalhando duro na causa de Deus,
mas isso não adianta nada se não estivermos vivendo em total e completa submissão à orientação e à vontade dEle. Era isso o que se via na vida de Noé. O que Deus mais deseja é um povo que busque esse reavivamento e que tenha uma intimidade tal com Ele, que tenha na vida e no caráter as marcas desta comunhão.

A Bíblia nos diz que Noé era um homem íntegro e justo e que andava com Deus. O que isso significa?

1. Noé sabia o que queria. Ele não se preocupava com o que os outros pensavam dele. Sua maior alegria era fazer a vontade de Deus. Este era seu objetivo diário. Foi considerado insano. Foi ridicularizado, mas
manteve-se trabalhando, a despeito das oposições. Nada à sua volta era capaz de tirá-lo de sua missão, pois tinha claro em mente o que queria. Nós sabemos o que queremos? Temos claro o nosso alvo?

2. Noé vivia o que pregava. Por seu modo de viver, por seu exemplo e ações, contrariava e condenava o mundo em que vivia. Ele não o fazia apenas com o que falava, mas principalmente pelo que vivia. Ele não era do tipo “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”! Noé Sabia que “muito mais poderosa que qualquer sermão pregado é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida”. (Ellen White, O Lar Adventista, p. 352).

3. Noé era um evangelista. Ele clamava pelos pecadores e desejava que todos fossem avisados e tivessem a vida transformada pelo poder do Espírito. Eles ouviam diariamente as orações e a mensagem do fim que Noé lhes falava. Noé sabia que todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Para ele, “aquele que bebe da água viva faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo no coração é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão quase a perecer ansiosos de beber da água da vida” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 195).

4. Noé vivia pela fé e não pela vista. Pode ser que não vejamos de uma só vez o resultado de nosso trabalho, mas essa não deve ser razão para nos desencorajarmos. Olhe o exemplo de Cristo. Ele tinha inúmeros ouvintes, mas poucos seguidores. Veja o exemplo de Noé. Pregou para multidões por cento e vinte anos sem desanimar, mas vendo que seus esforços estavam sendo em vão. “A advertência de Noé tinha sido rejeitada pelo mundo, mas de sua influencia e exemplo resultaram bênçãos para a sua família. Como recompensa de sua fidelidade e integridade, Deus salvou com ele todos os membros de sua família. Que animação para a fidelidade paternal!” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 98). Mesmo que não vejamos o resultado de nossos esforços hoje, não desanimemos, pois sabemos que “nosso
trabalho para o Senhor jamais será em vão” (1 Co 15:58).

Vemos vez após outra histórias de pessoas que receberam um livro e o deixaram por anos pegando poeira na estante e, apenas depois de muitos anos, pelo poder do Espírito Santo, a semente produziu frutos. Vemos pessoas que oraram por familiares por décadas sem resultado e depois de vinte ou trinta anos, vêem aquele querido familiar descendo às águas batismais. Jamais esqueça que se não tivermos o privilégio de ver
em vida os frutos, um dia, no Céu, encontraremos aqueles que, por nossa dedicação e esforços, aceitaram e decidiram seguir a Jesus.

5. Noé sabia investir. Ele sabia colocar todos os seus sonhos e projetos naquilo que nem a traça nem a ferrugem consomem, pois sabia que era isso que o salvaria, bem como salvaria também a sua família. Ele deu tudo o que tinha para construir a arca, pois sabia que ela salvaria a sua família. Lembre que o melhor presente que você pode deixar, o melhor legado para sua família e amigos, é a herança eterna. Nada neste mundo é seguro; nada neste mundo satisfaz; nada neste mundo é para sempre; mas colocando nosso tesouro nas mãos de Deus, teremos retorno garantido.

6. Noé tinha uma comunhão íntima com Deus. A Bíblia declara que ele andava com Deus; que sua força vinha de sua conexão diária com Deus. Uma das características dos que buscam o reavivamento e a reforma verdadeiros é gastar a primeira hora da manhã na presença de Deus. Sem a certeza da companhia do Espírito Santo em nossa vida é melhor que ficarmos em casa, pois sem Deus não conseguiremos vencer as batalhas do dia. Como Jacó, devemos suplicar: “Não te deixarei ir se não me abençoares”. Noé era um homem de oração. Alguém que não planejava sem ter a orientação de Deus. Noé sabia
que sem o poder enviado do alto não venceria aquele que anda em derredor bramando como um leão buscando a todos que possa tragar (1 Pedro 5:8). Ele sabia que Satanás treme e teme diante da mais débil alma que se coloca de joelhos. Ele sabia que quando orava, os exércitos celestiais saíam em seu auxílio.

Muito mais breve do que imaginamos, este mundo não mais existirá. Muito mais rápido que sonhamos, veremos nosso Jesus voltando nas nuvens dos céus. Esta é nossa maior esperança; este é nosso maior sonho. Creio que você que veio aqui nesta manhã às vezes sente que parece impossível vencer o mundo e
seus desafios. Parece que não conseguirá chegar até o final da jornada. Quero lembrá-lo que aquele que perseverar até o fim será salvo. Aquele que não se conforma com este mundo, mas a cada dia decide renovar a maneira de viver e pensar, será herdeiro do reino celeste como foi Noé (Hebreus 11:7).

Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.

Em um mundo onde tudo era comum, Deus encontrou alguém incomum. Disposto a renunciar a sua vontade. Noé obedeceu a Deus a ponto de empregar tudo o que tinha na construção da arca. Sofreu
discriminação, desprezo, privações, mas, por sua obediência à vontade divina, Deus salvou, com ele, toda a sua família. O mundo de Noé foi destruído, mas, por sua fidelidade, Deus o protegeu e salvou. Não falta
muito para que este mundo também seja destruído. As evidências estão por todos os lados, e Deus promete que se formos fieis como Noé foi, se formos cristãos comprometidos como ele foi, Deus também nos salvará como o salvou.

Tome agora a decisão de ser um destes cristãos incomuns, obedientes a Deus de todo o coração. Dispostos a serem luzes brilhantes fazendo diferença em um mundo em trevas. Decida hoje que, como Noé, você também buscará o reavivamento e a reforma, andando com Deus a cada dia, como ele andou. Sendo diferente do mundo como ele foi. Obedecendo a Deus como ele obedeceu, e eu te garanto que como resultado de tua fidelidade e comprometimento, em Seu infinito amor e graça, um dia Deus dirá a você: “Vinde bendito de Meu Pai, possuí por herança o reino que preparei pra você desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34).